Homem e Mulher são diferentes. Deus criou o homem com as suas características masculinas que divergem das características femininas da mulher, porque o homem tem uma missão especifica, tal como a mulher.
A sociedade quer destruir a beleza da masculinidade pervertendo-a. Quando digo que o homem traz em si, na sua essência, a disposição (inclinação dada por Deus) para assumir a responsabilidade da liderança, provisão e proteção, não estou a menosprezar a mulher. O homem acarreta esta resposta, assim como no coração feminino está a inclinação de se colocar ao lado desse homem e, alegremente, afirmar e receber esse tipo de liderança, provisão e proteção. A mulher gosta de se sentir amada, protegida e guiada pelo homem, gosta que este lhe abra a porta para a deixar passar, que a convide para almoçar, etc. O homem sente-se realizado quando consegue ser o que traz na sua essência. Deixando os machismos e os feminismos de lado, os homens gostam de ter a iniciativa, de convidar a amada para irem a um restaurante, propor um passeio, portanto de liderar; sentem-se preenchidos e orgulhosos, por poderem proporcionar à sua amada momentos de lazer, poderem pagar a conta no final, comprarem algo que sabem que ela gosta ou precisa, pois gostam de saber que podem prover a sua amada (e futura família); e o seu instinto masculino leva-os a defenderem a sua amada de qualquer perigo, a proteger os que lhe são queridos. Isto não invalida as peculiaridades de cada um, isto é, se temos um homem chefe de cozinha (ou que gosta de cozinhar), claro que não é menos, nem mais, se for ele a cozinhar em casa, ou uma mulher que é cinturão negro defender o seu amado, da mesma forma, não vai ferir o seu orgulho se o defender e proteger.
Tudo isto é comprovado pela ciência, que nos mostra as diferenças cerebrais entre homem e mulher[1], no estudo foram analisados 46.034 exames de tomografia computadorizada e encontraram diferenças cerebrais entre homens e mulheres, também outro estudo[2] analisaram 949 cérebros de homens e mulheres, onde encontraram diferenças estruturais. Estes resultados mostram que os homens têm mais ativos centros visuais e de coordenação, melhor orientação espacial e temporal, o que lhes facilita a memória visual para guiar por caminhos, conduzir direções e chegar ao seu destino. Têm taxas mais altas de déficit de atenção e hiperatividade, portanto também são mais distraídos, não conseguem focar a sua atenção em diversas tarefas em simultâneo, mas desempenham na perfeição uma única tarefa e dominam-na.
Deus é tão belo na criação que fez o homem e a mulher com características psicológicas diferentes, também. As mulheres com a perspetiva da maternidade e educação dos filhos, possui em si a delicadeza, suavidade, ternura, amor, empatia, serenidade. O homem já em vista o seu prover sustento para a família, possui, na sua essência, racionalidade, objetividade, praticidade, que tanto necessita para o seu trabalho ser focado, conciso e não dispersa em diferentes tarefas, em simultâneo, persistência, determinação, superação e destreza, pois ele é muito bom numa determinada tarefa aperfeiçoa-a, instinto de proteção, fortaleza, agressividade e coragem para proteger a sua família e garantir a sua existência.
Atualmente, assistimos a uma inversão de papeis, uma luta pela “igualdade” (esquecendo as diferenças que existem entre homem e mulher e que em nada diminui um ou outro), que vem atrapalhar o plano original de Deus. O homem sofre com essa inversão de papéis e fica desorientado, o que muitas vezes acarreta um sentimento de grande frustração, desilusão, vazio interior e uma tristeza tão profunda que leva, alguns, ao suicídio.
Tenho acompanhado alguns homens em consulta e tenho verificado que os homens, que chegam com vazio interior, sem rumo para a vida, sem vontade de viver, todos têm em comum não se sentirem valorizados no seu ser masculino. Estes homens chegam com histórias de vida até estruturantes, com boas bases familiares, sem traumas ou feridas muito marcantes, mas casam e passam a sentir-se oprimidos na sua masculinidade. Quantos homens se sentem ridicularizados e diminuídos pelas suas próprias esposas!
Entretanto, eles vivem tudo isto no escondido. Inicialmente, não compreendem de todo o que estão viver, não valorizam muito, mas a ferida vai ficando e começam a questionar-se (“Será que não fiz certo?”, “Será que errei assim tanto?”, “Sou mesmo assim preguiçoso, como ela diz?”, “Mas será que sou mesmo um gastador? Não sei orientar a vida financeira da família?”). Posteriormente, passam a sentir-se rejeitados, colocados de lado, pois as suas opiniões não são tidas em conta (ou são alvos de troça), são, muitas vezes, alvo de brincadeiras, má intencionadas, da esposa e dos filhos para com ele, colocam as suas capacidades em causa, o ambiente familiar torna-se pesado e começam a querer ter um escape (ex. passar mais horas no trabalho, alimentação descontrolada, ir correr diariamente, etc.).
A opressão e a sensação de impotência e falhanço está a tornar-se esmagadora. Se têm bons amigos começam a desabafar alguma coisa, “palpar terrenos”, para saber como serão percebidos (“Será que é só comigo?”, “Será que me vai entender?”) e, se forem orientados a isso, chegam à consulta. Por vezes vão à consulta às escondidas, outras com outra intenção disfarçada. Mas, infelizmente, muitos não chegam a compreender que o que se está a passar na sua vida é não viverem a essência para a qual foram criados e terminam com a sua angústia de forma trágica.
Homens, retomem o vosso dom, aprofundem o encontro com a vossa masculinidade no plano original de Deus, trilhem o caminho do autoconhecimento e percebam a importância de cultivarem a vossa essência. O diálogo no casamento é o ponto chave, para que a esposa compreenda o vosso ponto de vista e se sintam valorizados na vossa masculinidade.
[1]D. G. Amen et al. (2017). Gender-Based Cerebral Perfusion Differences in 46,034 Functional Neuroimaging Scans. In Journal of Alzheimer’s Disease, vol. 60, no. 2, pp. 605-614. [2] R.Verma, et al. (2013). Sex differences in the structural connectome of the human brain. In PNAS, vol.111, no. 2, pp. 823-828.
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